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Workshop Meu Céu, baseado na exposição “Ficções”, de Regina Silveira
 25.Out.2007 a 17.Fev.2008

Meu Céu. Com este título desenvolveu-se o projeto educativo para a mostra Ficções de Regina Silveira. Ele foi concebido com a intenção de ser um apoio para que alunos e professores tivessem desfrute, maior familiaridade e compreensão das questões tratadas pela artista em suas obras.

Através de uma mediação atenciosa e informada, garantida por uma equipe de jovens educadores integrantes de seu Programa Educativo, o Museu Vale, foi responsável nos meses de setembro e outubro pelo atendimento a 60 grupos escolares agendados para visitas à exposição e acompanhadas de prática de ateliê.

Meu Céu articulou-se em torno a três eixos conceituais complementares: interpretação, expressão e comunicação. Os visitantes eram inicialmente acolhidos no espaço expositivo para atividades de interpretação e, sob uma orientação dialógica e investigativa, exploravam, individual e coletivamente, Mirante, Entre Céu e Mil e um Dias e as suas distintas proposições para o olhar do observador.

Em seguida, na companhia dos educadores, sob o céu verdadeiro, rumavam para o ateliê, uma sala externa autônoma, situada à média distância do grande galpão de Ficções. Propositalmente despido de suas características originais, esse novo local de trabalho dava aos participantes, nessa etapa, um trânsito corporal e uma condição para sua expressão equivalentes ao que havia sido experimentado anteriormente na mostra.

Ali o grupo encontrava uma grande bancada com oferta de variada paleta (cinzas, brancos e azuis) de pequenas placas de material laminado, e, diametralmente oposta a ela, uma parede revestida com divisórias para fotos, de plástico transparente. Incentivados pelos educadores, os alunos examinavam o material e o suporte existentes e as possíveis conexões entre eles: nascia, a cada encontro, o céu do grupo, que previamente negociado entre os alunos podia ser diurno ou noturno.

Após a escolha das cores e dos locais preferidos na grande parede revestida, cada participante, valendo-se de escadas ou não, ia realizando o preenchimento do suporte e revelando um projeto coletivo que se desenhava na medida direta de sua realização, e que finalizado, era apreciado e comentado pelos participantes.

De volta à escola, na sala de aula, com o assunto da visita retomado, cada aluno trabalharia para comunicar individualmente o seu céu: placas de laminado equivalentes às usadas no ateliê, com uma etiqueta branca no verso, seriam o suporte de mensagens verbais, ou visuais, que cada aluno enviaria a um destinatário previamente escolhido, porém desconhecido, integrante de uma ampla relação de endereços fornecidos, pelo Museu, ao professor no dia da visita.

Endereçadas, as mensagens retornavam ao Museu em envelopes especialmente impressos para o projeto com imagens do dia e da noite e, de lá, seguiam via postal, levando o céu das crianças e dos jovens capixabas para o mundo…

Paulo Portella Filho, outubro de 2007.