Em outubro de 2010 o Museu Vale comemorou 12 anos de atuação, desenvolvendo desde sua inauguração, em 1998, uma programação intensa de atividades voltadas à arte, à educação e à cultura. Trata-se de um museu jovem, mas com muita história para contar.

Recebemos até aqui mais de 1.200.000 pessoas, das mais variadas faixas etárias e classes sociais. Tivemos a oportunidade de proporcionar a este público exposições inéditas de arte contemporânea, revelando a obra de artistas consagrados e jovens talentos.
Através dessas exposições firmamos o Programa Educativo que veio a se tornar o carro-chefe e a mola propulsora do Museu Vale, atendendo cerca de 3.000 estudantes por mês, entre crianças, adolescentes e jovens de escolas da Grande Vitória e do interior do Estado.

Com esta retrospectiva mostramos como o Museu Vale – antigo Museu Ferroviário Vale do Rio Doce, concebido originalmente para abrigar a memória da Estrada de Ferro Vitória a Minas – veio a se tornar também um espaço de excelência em arte contemporânea.

Tudo começou a partir da inauguração da Sala de Exposições Temporárias em 1999, com a exposição ‘Múltiplos’, de Joseph Beuys. No ano seguinte foi inaugurado o Galpão de exposições, um espaço de 800m² restaurado e adaptado para receber exposições inéditas de grande porte, com a mostra coletiva ‘A forma e os sentidos – Um olhar sobre Minas’.

Os workshops de arte-educação, baseados no conceito de cada exposição, vieram em seguida, tendo início em 2003 com a individual do artista Carlos Vergara. Em 2005 foi criado o Programa Aprendiz, que prepara jovens em situação de risco social em atividades relativas ao universo da arte contemporânea, e os capacita para o mercado de trabalho.

Com o objetivo de preservar a história da Estrada de Ferro Vitória a Minas inauguramos o Centro de Memória em 2006. Simultaneamente, lançamos os Seminários Internacionais Museu Vale. Hoje em sua 6ª edição, os Seminários Internacionais consolidam o propósito do Museu Vale de promover a cidadania, semear, plantar e colher o que é próprio da arte contemporânea: a compreensão de que, em toda a realidade já constituída, há sempre a possibilidade original de transformação e superação.