O Museu Vale, de 08 a 14 de junho, participa da 4ª edição da Semana Nacional de Arquivos.
O evento, de âmbito nacional e promovido pelo Arquivo Nacional e a Fundação Casa de Rui Barbosa, propõe a divulgação dos trabalhos desempenhados pelas instituições, a Semana enfatiza a potencialidade dos arquivos como equipamentos culturais, aumenta sua visibilidade junto a o público, divulga os valiosos trabalhos desenvolvidos nesses espaços, entre outros.
A Semana Nacional de Arquivos refere-se à semana em que se comemora o Dia Internacional dos Arquivos (9 de junho), ocorrendo em paralelo a Semana Internacional dos Arquivos 2020, ambos estabelecidos pelo Conselho Internacional de Arquivos (ICA). O tema escolhido para 2020 é “Empoderando a sociedade do conhecimento”.
Dentro dessa premissa, o Museu Vale disponibiliza uma série de arquivos, fotos, vídeos e publicação, que abrangem: memória, arte-educação e arte contemporânea, a saber:
Fermata, Os Gemeos (inédito)
Água Viva (inédito)
Projeto EXTRAMUROS 2019
Projeto Museu na Mochila 2018
Projeto Museu na Mochila 2019
PDF do livro comemorativo aos 20 anos do Museu Vale. Clique aqui para baixar.
Imagem nº1 Imagem do documento Discurso Funerário, Eng. Pedro Nolasco Homenagem.1935
Pedro Augusto Nolasco Pereira da Cunha (1865-1935) é um personagem importante da história da ferrovia, quando o banco responsável por financiar o projeto entra em falência, Pedro Nolasco recebe ações da EFVM como pagamento. Nessa situação, Pedro Nolasco junto com seus companheiros Emílio Schnnor e João Teixeira Soares, se aventura na missão de construir a Estrada de Ferro Vitória a Minas. Com a morte de Pedro Nolasco em 1935 a Estação São Carlos, o Km 0 da EFVM, é rebatizado para Estação Pedro Nolasco no mesmo ano.
Imagem nº2 Projeto original da EFVM em 1903.
Inicialmente o projeto de construção da Estrada de Ferro Vitória a Minas tinha como objetivos levar a malha ferroviária a determinadas localidade de Minas Gerais: Natividade (hoje Aimorés), Pessanha (ou Peçanha), Philadelphia e a Diamantina. Contudo, ingleses descobrem uma riquíssima fonte de minério de ferro em Itabira(entre 1905-1908) e criam a Brazilian Hematite Syndicate, que em 1910 toma parte de 73,3% das ações da EFVM, impulsionando a sua construção, redirecionando também o seu traçado para Itabira (MG).
Imagens Nº 3 e 4 Construção da Estrada de Ferro Vitória a Minas. Operários. 1907
Nas imagens temos os operários da EFVM no início da década, que com muito esforço, encarando situações de risco, foram responsáveis por tornar realidade a criação da Ferrovia, que consequentemente gerava uma cidade a cada estação, ou fortificava o desenvolvimento de cidades já existentes.
Imagem N° 5 Festa de inauguração do primeiro trecho da EFVM. 13/5/1904
A Festa de inauguração da ferrovia foi realizada na Estação Porto Velho (Cariacica-ES) que foi o KM 0 da ferrovia, até a construção da primeira Estação São Carlos em Vila Velha, dezembro de 1905. Nesse período de inauguração a ferrovia dispunha de: 3 locomotivas Mogul, 1 locomotiva Krauss, 12 vagões plataforma e lastro, 6 vagões cobertos para mercadorias, 1 vagão para animais, 2 carros correio e bagagens, 1 carro passageiro de 1ª classe, 1 carro passageiro (1ª e 2ª classe), 1 guindaste, 30 km de via férrea e três estações (Porto Velho, Cariacica e Alfredo Maia).
Imagem Nº 6 Estação Cariacica entre os anos de 1910-1912
Foi uma das primeiras estações ferroviárias do início da construção da EFVM, contudo, ela foi desativada no final da década de 1940 com a remodelação da linha ferroviária.
Imagem N° 7 e 8 Estação & Oficina em João Neiva
João Neiva é uma cidade do Espírito Santo que foi extremamente importante para o desenvolvimento da ferrovia, contando com uma estação e principalmente com uma oficina de locomotivas. Na primeira imagem vemos a Estação João Neiva (no final da década de 1930 início de 1940) e na segunda vemos os operários da oficina de João Neiva, orgulhosos pelo restauro da Locomotiva 124, nos anos de 1940/1941. Hoje, tanto a oficina quanto a estação se encontram desativadas.
Imagem Nº 9 Estação Colatina (entre os anos de 1940-50)
Na Imagem temos na cidade de Colatina a locomotiva Mikado N°169, ao centro o maquinista, o ajudante de foguista à esquerda e o foguista à direita.
Imagem Nº 10 Estação Pedro Nolasco/1941
A Estação Pedro Nolasco era chamada originalmente de Estação São Carlos, essa mudança ocorreu em 1935 por causa da morte do engenheiro Pedro Nolasco. Contudo, o prédio da imagem foi inaugurado em 1927, substituindo uma simples estação construída em 1905. Na imagem temos a locomotiva de N°151, reconstruída na Oficina de Locomotivas em João Neiva. Provavelmente a intenção da fotografia é ressaltar o êxito da reconstrução dessa Maria Fumaça.
Imagens Nº 11 e 12 Transformações do final da década de 1940 e início de 1950.
O minério brasileiro foi enviado para os países, como Inglaterra e Estados Unidos, durante a II Guerra Mundial e também no pós-guerra, sendo extremamente requisitado para a reconstrução de países destruídos pelo confronto, como também para o avanço de infraestrutura e tecnologia de diversas nações. Contudo, durante a segunda guerra mundial o minério foi exportado de maneira vagarosa, porém com a necessidade de rapidez no envio, houve a reformulação da EFVM que alterou certos trajetos para evitar a perda de minério. Entre essas melhorias está a criação do Cais de Paul e Atalaia, obras concluídas entre o final da década de 40 e início de 50.
Na primeira imagem temos o Cais do Atalaia em Vila Velha, ES no início da década de 1950. Já na Segunda imagem temos a reformulação de linha (EFVM), por volta de 1946, em um trajeto entre as regiões de Coronel Fabriciano e Timóteo (Minas Gerais).
Imagem N° 13 Estação Aimorés
Na Imagem temos a Estação Aimorés, imagem por volta de 1950. Essa estação tem o seu destaque por ser a primeira estação mineira na divisa com o estado de Espírito Santo; foi inaugurada em 1907 com o nome de Estação de Natividade, tendo o nome mudado em 1910 para Aimorés, por causa da mudança do nome da cidade.
Imagens 14 e 15 Desenvolvimento das cidades em torno da EFVM
A ferrovia transporta pessoas que são indivíduos produtores de histórias. Com a criação da EFVM cidades surgiram, raças se misturaram, pessoas se deslocaram e formaram famílias em diversas Estações. Com o desenvolvimento da região da Grande Vitória, muitos mineiros e espírito-santenses se deslocaram para a capital em busca de emprego, tratamento médico, visitar parentes ou simplesmente desfrutar de um passeio. Por causa das pessoas, a ferrovia fez e faz história.
A primeira imagem mostra a região de Figueira do Rio Doce, Governador Valadares (MG) em 24 de fevereiro de 1930, em contraste a ela temos a fotografia da área de Governador Valadares em 1970.
Fale conosco
Redes sociais