Você sabe por que a famosa Maria Fumaça do Museu Vale se chama “Mikado 185”?
Em japonês, o termo “Mikado” significa “Imperador”. Na época da sua construção, esse nome foi dado com o objetivo de mostrar o poder e a força da locomotiva. Construída na Philadelphia nos Estados Unidos, no ano de 1945, a locomotiva tinha força suficiente para puxar 22 vagões de minério de ferro com capacidade de carregar até 1000 toneladas.
Movida a vapor para fazê-la movimentar-se era preciso de carvão, lenha e fogo para esquentar a água, e assim, gerar o combustível para iniciar a jornada. Quando a água era aquecida ela produzia muito vapor, que era usado como energia para movimentar toda a Maria Fumaça.
Era um processo bem demorado, podendo durar até 9 horas, dependendo da locomotiva.
Você sabia que o nome Maria Fumaça vem exatamente desse processo? Porque a lenha ao queimar na fornalha produzia uma fumaça que era expelida pela chaminé e que podia ser vista de muito longe, como um sinal de que o trem estava passando.
Quem conduzia o trem era o maquinista, e ele possuía três auxiliares: o foguista, que controlava a queima do fogo, o graxeiro, que lubrificava as engrenagens da locomotiva e o guarda-freios, que ficava sempre alerta, pois sua responsabilidade era frear de maneira correta a locomotiva junto com os vagões..
Em 1950 a “Mikado 185” fazia a viagem carregando os vagões cheios de minério de Itabira/MG para Vitória/ ES no período de 72 horas. Hoje em dia, uma viagem de trem de Vitória a Belo-Horizonte tem a duração de 13 horas.
A Maria-Fumaça parou de ser utilizada no transporte de passageiros e insumos por volta de 1966, sendo substituída por locomotivas mais modernas, conhecidas como diesel-elétricas.
A locomotiva que está no Museu Vale foi totalmente restaurada em 1997, fazendo parte dos objetos que compõe o acervo histórico da instituição. Em 1998, ano de inauguração do Museu, ela chegou funcionando pelos trilhos da ferrovia até o local, onde permanece até hoje.
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