Educação Indígena – Vozes Tupi
 27.Dez.2021

Conheça a educação escolar e grupos culturais como formas estratégicas para revitalizar a língua tupi nas comunidades indígenas em Aracruz.

Educação escolar e grupos culturais são formas estratégicas para revitalizar a língua tupi nas comunidades indígenas em Aracruz.
A língua tupi foi a mais falada por séculos no Brasil, mesmo depois do período colonial. Após o decreto do Marquês de Pombal ela foi proibida. O Tupi Antigo, falado pelas etnias nativas, foi substituída como língua dominante no país, pela chamada “língua geral” ou nheengatú, uma derivação do tupi, mais tarde também suprimida pelo português como língua oficial em território brasileiro. O nheengatú segue falado por algumas, milhares de pessoas, em comunidades espalhadas, porém o tupi antigo, falado no início da colonização, é considerada uma “língua morta”, que não tem mais falantes nativos. O tupi, porém, está registrado gramaticalmente e pode ser estudado e aprendido; é isso que fazem os Tupiniquins em Aracruz, norte do Espírito Santo, na busca de “revitalizar” a língua originária de seu povo.

“Um povo, uma raça ou etnia é reconhecido por sua diferença, na forma de se vestir, suas celebrações culturais, por sua religião ou língua. Para os Tupiniquim, obrigados a deixar de falar sua língua materna, a revitalização da língua tupi é um fortalecimento da nossa identidade étnica e cultural, ou seja, uma forma de sermos reconhecidos e de até mesmo nos reconhecermos como pertencentes a um grupo étnico tão importante para a formação do País”, explica Îybatãtupã Tupiniquim, que atua como professor da língua na aldeia Pau-Brasil /Aracruz-ES.