5ª edição dos Encontros com a Arte contemporânea / 2021
“Amanhã há de ser outro dia”
Vivemos em tempos difíceis. A crise sanitária provocada pela pandemia de Covid-19 abateu sobre todos os povos, causando desgraças em todo mundo, indigência e morte. Diante desta conjuntura atual, o Museu Vale, por intermédio do Instituto Cultural Vale promove o evento Encontros com a Arte Contemporânea; com o propósito de pensar que um novo dia há de vir: “a manhã renascer e esbanjar poesia”, “o jardim florescer”, “vendo o dia raiar”, “vendo o céu clarear”.
Com o título “Amanhã há de ser outro dia”, a 5ª edição do Encontros com a Arte Contemporânea propõe um diálogo acerca das transformações provocadas pela crise atual, visando refletir sobre as inovações científicas e tecnológicas, artísticas e culturais que foram realizadas ultimamente. Considerando o verso do poeta Hölderlin, “Onde mora o perigo cresce também o que salva”, a proposta do evento é mostrar a luz que há no fim do túnel, recordar da claridade da vida, de seu poder regenerador, a fim de lembrar que o amanhã sempre renasce, e, é sempre um outro dia.
O evento será estruturado em três encontros virtuais com dois convidados e um mediador. Para o diálogo do primeiro dia, foram convidados a diretora de teatro/artista multimídia Bia Lessa e e o artista e curador do Festival Multiplicidade, Batman Zavareze, para conversarem sobre as novas perspectivas da arte e suas repercussões culturais. No segundo dia, a jornalista e crítica da cultura Marta Porto dialoga com a artista Roberta Carvalho sobre o horizonte contemporâneo da criação artística. Para encerrar o evento, no terceiro dia, Clelio de Paula e Matheus Leston conversam sobre as novidades científicas e tecnológicas.
Fernando Pessoa
Organizador e mediador do evento
Transmissão no canal oficial do Youtube Museu Vale ou clique nos links da programação.
Dia 25/11: Bia Lessa e Batman Zavareze
Dia 30/11: Marta Porto e Roberta Carvalho
Dia 07/12: Clelio de Paula e Matheus Leston
Batman Zavareze – Designer, Diretor de Arte e Curador do Festival Multiplicidade
Bacharel em Comunicação Visual, 48 anos, diretor da empresa 27+1 Comunicação Visual começou na MTV Brasil em 1991 e trabalhou com Olivero Toscani na Fabrica/ Itália no período de 1998 a 1999.
Tem trabalhado com projetos multidisciplinares ligados a imagem, audiovisuais como exposições, shows, peças de teatro e programas broadcasting para canais televisivos brasileiros e internacionais, tais como: MTV-Brasil, Multishow, GNT, Sport TV, Futura e Tv GLOBO.
Idealizador, Diretor Geral e Curador do Festival Multiplicidade no Rio de janeiro desde 2005, uma das plataformas culturais mais importantes de arte tecnologia do Brasil.
Fez a direção de arte dos últimos shows de Marisa Monte, Paralamas do Sucesso, Cidade Negra, Barão Vermelho, Legião Urbana XXX Anos, Pedro Luís, Rubel, Silva, Roberto Carlos e Los Hermanos com shows em grandes estádios do Brasil.
No teatro fez cenários com projeções para diversos diretores, dentre eles, Gerald Thomas, Enrique Diaz, Filipe Hirsch, Guel Arraes e Marcio Abreu.
Fez a concepção e a direção de arte da exposição 100 Anos Vinicius de Moraes na nova Biblioteca Parque do Estado no centro do Rio de Janeiro.
Foi o diretor de criação da instalação de realidade virtual sobre Kandinsky no CCBB de todo o Brasil.
Possui trabalhos publicados em revistas e museus do Brasil e do exterior.
Fez a direção de arte das projeções do encerramento das Olimpíadas 2016. Com projeções no campo do Maracanã, e um audiência (3,5 Bilhões de pessoas em todo o mundo). Uma estrutura técnica colossal (mais de 100 projetores e um sistema de surround potente 360º). O trabalho tem direção criativa de Rosa Magalhães e direção geral de Marco Balich (IT) e Abel Gomes junto com uma equipe de mais de 300 pessoas.
Em 2018/19 foi o responsável pela direção de arte da turnê internacional dos TRIBALISTAS em 35 shows no Brasil, países latinos, Europa e EUA para mais de 350 mil pessoas.
Em 2020, no período da pandemia realizou como diretor de arte as lives da AnaVitória e do Carlinhos Brown, além de dirigir a websérie Oi Futuro Agora, celebrando os 15 anos do Centro Cultural Oi Futuro.
Em 2021, realizou a 16ª edição do Festival Multiplicidade 100% online e gratuito. Foram 16 artistas do Brasil, Japão, Coreia do Sul, Georgia, Chile entre outros…Nessa primeira edição digital tivemos 321 mil pessoas impactadas e um destaque para a abertura com o japonês Daito Manabe e eterno tropicalista Tom Zé que foi projetado num enorme mapping na fachada do Museu Nacional. E o encerramento tivemos um dos maiores artistas digitais da atualidade, o japonês Ryoji Ikeda.
Ainda nesse ano destaca-se a direção de arte do novo álbum de Marisa Monte produzido durante a pandemia, incluindo a criação do projeto gráfico, videoclipes e cenário de seu mais novo show a ser lançado em 2022.
Bia Lessa
Bia Lessa é uma artista multifacetada, cineasta, diretora de teatro, ópera e exposições, ganhadora de vários prêmios. Suas obras são exibidas em vários países, como Alemanha, França e EUA. Criadora do Pavilhão Brasileiro na Expo 2000 em Hannover, Mostra Redescobrimento na Bienal SP, Reabertura do Theatro Municipal do Rio de Janeiro com a ópera Il Trovattore, Pavilhão Humanidades 2012 (Rio + 20), reinauguração dos painéis Guerra e Paz de Candido Portinari na ONU em Nova York. No cinema, dirigiu os filmes CREDE-MI, adaptação da obra O Eleito de Thomas Mann (de Bia Lessa e Dany Roland), apresentado em festivais internacionais (Berlim, Biarritz, Nova Iorque, Jerusalém, Brisbane, Minsk, entre outros) e ENTÃO MORRI, Melhor Filme na categoria Novos Rumos do Festival do Rio 2016, (de Bia Lessa e Dany Roland). Atualmente dirige e roteiriza a minissérie CARTAS AO MUNDO a ser exibida na GLOBO PLAY, Canal Curta, SITE INHOTIM, PINACOTECA DE SÃO PAULO e SESC.
Marta Pavese Porto
Crítica de cultura, jornalista, consultora. Tem participado das principais arenas internacionais de debates sobre artes, cultura e políticas culturais nos últimos 30 anos. Vem liderando ou colaborando com programas das Nações Unidas, de governos e fundações em projetos de democratização das artes e da cultura, comunicação cultural e engajamento social. É autora de mais de 40 artigos publicados em revistas e coletâneas de vários países, e autora dos livros: Imaginação, Reinventando a cultura (Editora Jandaíra, 2019); Comunicação no centro da mudança (Approach,2017); Nós do Morro, 20 anos(XBrasil,2008); Olhares femininos, mulheres brasileiras (Ed.SenacRio,2006), dentre outros.
Foi consultora do Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bid), da Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) e de várias agências e programas das Nações Unidas. Dentre os cargos públicos e em instituições privadas e internacionais que exerceu, destacam-se: a Coordenação do Escritório da Unesco no Rio de Janeiro (1999-2003), membro do grupo de especialistas da Relatoria da Agenda 21 de Cultura das Cidades (Barcelona, 2004) e em 2011, como Secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura e membro titular do Fórum de Direitos e Cidadania do Governo Dilma Roussef.
Atualmente, mantém com uma equipe interdisciplinar um estúdio de comunicação cívica que atua como think tank especializada neste segmento e em criar espaços e ambientes culturais associando arte e cultura à políticas de conhecimento, educação e comunicação, a MP_Consultoria (www.martaporto.com.br). É professora do Programa de Estudos Culturais e Sociais da Universidade Cândido Mendes e do Centro de Pesquisa e Formação do SescSP, onde mantém há cinco anos um Laboratório de Gestão de Espaços Culturais.
Roberta Carvalho
Artista visual, multimídia. Desenvolve trabalhos envolvendo o vídeo, a intervenção urbana, a vídeo-projeção, realidades mistas, instalação, audiovisual e projetos interativos. Foi vencedora do Prêmio FUNARTE Mulheres nas Artes Visuais e já participou de diversas exposições, festivais e projetos nacionais e internacionais. Possui obras em acervos como Museu de Arte do Rio (MAR), Museu de Arte da UFPA, entre outros. É idealizadora do Festival Amazônia Mapping e co-idealizadora do festival MANA e atua como diretora artística e curadora em diversos projetos. Atualmente é mestranda da em Artes no Instituto de Artes da UNESP.
Matheus Leston
Músico e artista multimídia, Leston desenvolve trabalhos que, a partir de uma perspectiva crítica, tensionam as relações entre arte e tecnologia, e entre música e visualidade. É criador dos projetos audiovisuais Orquestra Vermelha, Moiré, Menos e Ré. Também fez parte da Patife Band (de Paulo Barnabé) e compôs diversas trilhas sonoras para séries e filmes. Hoje se dedica à música eletrônica e, principalmente, à sua forma de produção, controlando sintetizadores através da programação, além de criações visuais em 3D também gerados através de algoritmos.
Nascido em São Paulo, ele também é o criador do Bloco, um estúdio de áudio e experiências multimídia. No portfólio estão criações para eventos como Red Bull Music Festival e as festas Folklore e Masterplano, além da programação de projetos para outros artistas como Nomade Orquestra, Hick Duarte, Fernando Velázquez e The Force, e o desenvolvimento do app que gera as imagens da identidade visual do bar Caracol. É também o Diretor Criativo do Juntxs, o laboratório para estudos de empatia, design e tecnologia do Estúdio Guto Requena.
Clelio de Paula
Clelio de Paula (1987, Rio de Janeiro), é um artista visual que usa programas de computadores para criar, gerar e consumir experiências que são em sua maioria interativas.
Seus principais materiais de trabalho são esculturas, peças de cabeça, escaneamentos tridimensionais e fotogrametria, que normalmente são consumidos através da Realidade Virtual e Aumentada.
Em seus trabalhos interessam 3 principais aspectos:
A capacidade do público interagir e influenciar o resultado da experiência.
A relação afetiva e estética do registro tridimensional de pessoas e espaços no tempo, e suas infinitas possibilidades de consumo.
E a mescla entre o físico e o virtual.
Foi finalista do prêmio internacional Lumen Prize na categoria de Realidade Virtual e exibiu seus trabalhos usando Realidade Aumentada, Mista e Virtual na Europa e Brasil: Tate Modern (Londres), Horniman Museum & Gardens em Londres, Museu do Amanhã, Casa França Brasil, Festival Multiplicidade, Oi Futuro.
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